Metropolitan libera os direitos de 375.000 imagens
de suas obras
Acordo do museu de
Nova York com “Creative Commons” permite fazer download, usar e modificar o
conteúdo do catálogo
Nova
York 13 FEV
2017 - 19:07 BRST
EL PAÍS
O Museu Metropolitano de Nova York (Met),
uma das instituições de arte mais importantes do mundo, anunciou na última
terça-feira, através de um comunicado, sua decisão de liberar cerca de 375.000
obras de seu catálogo digital como imagens de domínio público. Graças a essa
nova política de acesso, as peças já estão disponíveis online sob uma licença Creative Commons
Zero (CC0), que permite a qualquer pessoa baixar, usar e modificar
as obras sem restrições e sem precisar atribuí-las ao autor original.
Ao contrário de uma iniciativa de
2014, pela qual o museu deu acesso na web às peças agora liberadas, com essa
licença os usuários poderão se apropriar delas sem necessidade de obter
permissões ou quotas. O catálogo inclui um grande leque de obras em alta
resolução, de esculturas até gravuras, fotografias e pinturas.
O diretor do museu, Thomas P. Campbell, explica que essa mudança
transforma o Museu Metropolitano em “uma das maiores e mais diversificadas
coleções de acesso aberto do mundo”, abrangendo 5.000 anos de história da arte
de todo o mundo. Seu conteúdo é, como explica o Met, produto de horas de trabalho
dedicadas a digitalizar o catálogo do museu na íntegra, 147 anos. Um rigoroso
trabalho feito por fotógrafos, técnicos, curadores e até mesmo estagiários que
passaram por suas salas.
Nomes como Botticelli, Degas, Hokusai e Rodin são
alguns que vão aparecer nesse banco de dados que levará o Met a se juntar à
lista de museus com coleções digitais sob licença CC0. É encabeçada pelo
Walters Art Museum, da cidade de Baltimore, que em 2012 adotou a mesma política
ao liberar cerca de 18.000 imagens. Foi seguido por instituições como o Rijksmuseum de
Amsterdã, a Tate Gallery de Londres e, mais
recentemente, pelo MoMA de Nova York, com 120.000 imagens.
Loic Tallon, diretor digital do museu, comentou que esta decisão é “um
emocionante marco na evolução digital do Met”. Isso é corroborado pelas novas
colaborações anunciadas pelo museu na mesma terça-feira. Creative Commons não
será o único aliado: também vai contar com a ajuda de outras entidades como a
Biblioteca Digital Pública dos Estados Unidos, Artstor, Wikimedia e Pinterest.
Juntos, vão trabalhar no projeto do museu para conseguir expandir seu público
além dos 30 milhões de usuários que já visitam seu site, abrindo as portas
digitais para todos os públicos possíveis.
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