segunda-feira, 25 de abril de 2016

FAIXA: somos milhões de cunha

ALGUÉM QUER SER ESTE SUJEITO? QUEM?


Cunha é alvo de mais seis investigações na PGR
Durante palestra para alunos brasileiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, da Universidade de Cambridge, nos Estados Unidos, na manhã desta sexta-feira (22), o  procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é alvo de mais seis inquéritos por fatos distintos, além das duas denúncias que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações da Operação Lava Jato.
De acordo com o procurador, dois dos seis inquéritos abertos para apurar fatos distintos em relação a Cunha estão em fase avançada e deverão “rapidamente” virar duas denúncias ao Supremo.
Perguntado por um aluno brasileiro sobre o papel da procuradoria para acelerar a ação na qual pediu ao STF afastamento de Cunha do cargo de presidente da Câmara, Janot respondeu que “o problema está com o Supremo”.
Em dezembro do ano passado, Janot pediu ao STF o afastamento de Cunha. O relator é o ministro Teori Zavascki, que ainda não tem data para liberar o processo para julgamento.
Para justificar o pedido, o procurador citou 11 fatos que comprovam que Cunha usa o mandato de deputado e o cargo de presidente da Casa “para intimidar colegas, réus que assinaram acordos de delação premiada e advogados”.
No mês passado, o Supremo abriu ação penal contra Eduardo Cunha. Seguindo o voto do relator, ministro Teori Zavascki, a Corte entendeu que há indícios de que Cunha recebeu US$ 5 milhões de propina por um contrato de navios-sondas da Petrobras.
Na defesa, o advogado Antonio Fernando Barros disse que a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra o deputado “não reúne condições para ser admitida”.
Com informações de Agência Brasil
ESCRITO POR: JORDANA MARTINEZ


sexta-feira, 22 de abril de 2016

UIA ELE!!!



STF quebra sigilos bancário e fiscal de presidente do DEM e familiares




MÁRCIO FALCÃO - UOL
O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), do deputado Felipe Maia (DEM-RN), seu filho, e de mais 14 pessoas em inquérito que investiga um "complexo" esquema de corrupção e lavagem de dinheiro.
A decisão é do ministro Luís Roberto Barroso, que atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República. Além dos dois políticos e empresas ligadas a eles, a medida atinge ainda outros familiares do senador, assessores, como seu motorista e chefe de gabinete, e servidores públicos. Os sigilos serão afastados entre 2010 e 2015.
Agripino é alvo de um inquérito que apura se o parlamentar negociou o pagamento de propina da empreiteira OAS durante a construção da Arena das Dunas, estádio em Natal usado na Copa do Mundo de 2014. 
Para a procuradoria, há indícios de pagamento de propina ao senador, uma vez foram identificadas operações suspeitas de lavagem de dinheiro na época de campanhas eleitorais, em 2010 e 2014.
"Isso, igualmente, indica que os pedidos de doações eleitorais feitos pelo parlamentar à OAS, prontamente atendidos, podem constituir, na verdade, solicitações e repasses de propina, de forma dissimulada", completa a procuradoria.
Relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou depósitos fragmentados e movimentação atípica. Em outubro de 2010, por exemplo, foram efetuados, no caixa, seis depósitos em espécie no valor de R$ 9.900 cada, totalizando R$ 59,4 mil, além de outros 44 depósitos em envelope no caixa eletrônico, cada um com R$ 2.500, totalizando R$ 110 mil. O relatório do órgão de fiscalização foi revelado pela Folha, em outubro de 2015.
Segundo o Coaf, tais operações sugerem "tentativa de burla dos mecanismos de controle e tentativa de ocultação da identidade do depositante."
Ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que as investigações revelam um "complexo esquema de recebimento de valores ilícitos para várias pessoas, mediante a utilização de diversas empresas, com a finalidade de ocultar a origem e o destino final dos recursos envolvidos".
Segundo Janot, a quebra é essencial para "para desvendar as particularidades das estratégias de lavagem de dinheiro possivelmente adotadas pelo senador".
A Procuradoria afirmou ao STF que informações prestadas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), pelo Tribunal de Contas da União e pelo Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte "evidenciam" que a obra do estádio, entre 2011 e 2014, passou por diversos entraves perante os órgãos de controle externo e o próprio agente público financiador, o que corrobora a suspeita de que o senador efetivamente atuou no sentido de agir nos bastidores para superar tais dificuldades, conforme diálogo por ele mantido com Léo Pinheiro, dono da OAS, diretamente interessado no assunto.
Em sua decisão, o ministro do STF afirmou que os elementos apresentados por Janot apontam "para a presença de indícios de condutas que, aparentemente, se subsumem à descrição de crimes de lavagem de dinheiro".
"Há nos autos informações de operações financeiras realizadas pelo investigado que consubstanciariam indícios da prática de lavagem de dinheiro. Como explicitado pelo procurador-geral da República, estes elementos, aliados aos demais indícios coletados, recomendam o aprofundamento da investigação com o deferimento da medida requerida".
OUTRO LADO
Em nota, o senador José Agripino afirmou que a quebra vai agilizar os esclarecimentos dos fatos. "As providências requeridas vão acelerar o processo de esclarecimento dos fatos investigados. Tenho certeza que tornarão clara a improcedência da acusação que me é feita, de conduta irregular na construção da Arena das Dunas". 





















INVESTIGAÇÕES

Cunha é alvo de mais seis investigações na PGR
Durante palestra para alunos brasileiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, da Universidade de Cambridge, nos Estados Unidos, na manhã desta sexta-feira (22), o  procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é alvo de mais seis inquéritos por fatos distintos, além das duas denúncias que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações da Operação Lava Jato.
De acordo com o procurador, dois dos seis inquéritos abertos para apurar fatos distintos em relação a Cunha estão em fase avançada e deverão “rapidamente” virar duas denúncias ao Supremo.
Perguntado por um aluno brasileiro sobre o papel da procuradoria para acelerar a ação na qual pediu ao STF afastamento de Cunha do cargo de presidente da Câmara, Janot respondeu que “o problema está com o Supremo”.
Em dezembro do ano passado, Janot pediu ao STF o afastamento de Cunha. O relator é o ministro Teori Zavascki, que ainda não tem data para liberar o processo para julgamento.
Para justificar o pedido, o procurador citou 11 fatos que comprovam que Cunha usa o mandato de deputado e o cargo de presidente da Casa “para intimidar colegas, réus que assinaram acordos de delação premiada e advogados”.
No mês passado, o Supremo abriu ação penal contra Eduardo Cunha. Seguindo o voto do relator, ministro Teori Zavascki, a Corte entendeu que há indícios de que Cunha recebeu US$ 5 milhões de propina por um contrato de navios-sondas da Petrobras.
Na defesa, o advogado Antonio Fernando Barros disse que a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra o deputado “não reúne condições para ser admitida”.
Com informações de Agência Brasil
ESCRITO POR: JORDANA MARTINEZ




sábado, 16 de abril de 2016

GOLPE DEMOCRÁTICO




'Silêncio dos EUA é apoio a golpe no Brasil', diz especialista norte-americano
Revista Brasileiros | São Paulo - 15/04/2016 - 11h11
Para Mark Weisbrot, codiretor de Centro de Pesquisa Econômica e Política, em Washington, discrição de Obama não é acaso  
“O governo dos Estados Unidos vem guardando silêncio sobre esta tentativa de golpe, mas há poucas dúvidas quanto à sua posição.” A frase é de Mark Weisbrot, codiretor do Centro de Pesquisa Econômica e Política, em Washington, e presidente da Just Foreign Policy, organização norte-americana especializada em política externa. Para ele, a campanha do impeachment é, sim, um golpe de Estado capitaneado pela elite nacional, algo impensável nos Estados Unidos.
O especialista norte-americano comparou as pedaladas fiscais de Dilma a expedientes utilizados recentemente pelo presidente norte-americano Barack Obama. “Quando os republicanos se negaram a elevar o teto da dívida, em 2013, a administração Obama recorreu a vários truques de contabilidade para adiar o prazo final no qual se alcançaria o limite. Ninguém se incomodou com isso”, escreveu Weisbrot em artigo para o jornal Folha de S.Paulo.
Ele frisou que a articulação do golpe vem da elite nacional “para obter por outros meios aquilo que não conseguiu conquistar nas urnas nos últimos anos”. “O juiz Sergio Moro lidera uma bem executada campanha de difamação de Lula”, escreveu o especialista norte-americano.
Para Weisbrot, o golpe prospera no silêncio conveniente dos Estados Unidos. “Há poucas dúvidas quanto à sua posição”, disse. “Eles sempre apoiaram golpes contra governos de esquerda no hemisfério, incluindo, apenas no século 21, o Paraguai em 2012, Haiti em 2004, Honduras em 2009 e Venezuela em 2002.”
Ele lembra que recentemente Obama foi à Argentina para “derramar-se em elogios ao novo governo de direita, pró-EUA”. “E hoje, no Brasil, a oposição é dominada por políticos favoráveis a Washington. Seria mais uma coisa lamentável se o Brasil perdesse boa parte de sua soberania nacional, além de sua democracia, com este golpe sórdido.”

Originalmente publicado no site da Revista Brasileiros.


ARTE MODERNA


Roseane Aguirra
Do UOL, em São Paulo
16/04/201607h00
A partir de 4 de maio, o CCBB-São Paulo recebe 75 obras de artistas pós-impressionistas vindas dos museus franceses d'Orsay e de l'Orangerie, na exposição intitulada "O Triunfo da cor. O pós-impressionismo: obras-primas do Musée d'Orsay e do Musée de l'Orangerie".
A mostra terá obras de Vincent Van Gogh, Paul Gauguin, Paul Cézanne, Georges Seurat, Claude Monet, Henri Matisse, Pierre Bonnard, Edouard Vuillard, Maurice Denis, Henri de Toulouse-Lauttrec, Maximilien Luce, Odilon Redon, Paul Sérusier, Emile Bernard, Félix Vallotton, André Derain, Aristide Maillol, Maurice de Vlaminck.
Mas quem estiver ansioso para a vinda desta exposição pode fazer um "aquecimento" visitando, em São Paulo, outras obras de alguns destes artistas.
O Masp (Museu de Arte de São Paulo), localizado na avenida Paulista, faz parte do "Clube dos 19", ou seja, é um dos 19 museus do mundo cujo acervo é considerado dos mais representativos da arte europeia do século 19. Em seu acervo, é possível encontrar obras de artistas impressionistas e pós-impressionistas.
Entre eles está Claude Monet, considerado impressionista, e Suzanne Valadon, uma importante pintora pós-impressionista, que não estará na exposição do CCBB.
Dos artistas em comum da mostra do CCBB e do Masp, pode-se destacar que o Masp tem em exibição permanente:
- dez obras de Toulouse-Lautrec
- cinco obras de Vincent Van Gogh
- cinco obras de Paul Cézanne
- duas obras de Paul Gauguin
A maioria delas estão atualmente expostas ao público na mostra "Acervo em Transformação", no segundo andar do museu, com exceção de "O Escolar - o Filho do Carteiro - Gamin au Képi", de Van Gogh, que está na mostra "Histórias da Infância".
"O Triunfo da Cor"
Depois do sucesso de "Impressionismo: Paris e a modernidade", o CCBB recebe, em mais uma em parceria com o Musée d'Orsay, "O Triunfo da Cor", que passa por São Paulo (de 4 de maio a 7 de julho) e pelo Rio de Janeiro (20 de julho e 17 de outubro).
O foco do conjunto de obras são os mestres que deram novo rumo à pintura por meio do uso da cor, a partir de fins do século 19.
Os 75 trabalhos serão exibidos em quatro diferentes seções: A Cor Científica; No Núcleo Misterioso do Pensamento. Gauguin e a Escola de Pont-Aven; A Cor em Liberdade; e A Cor Em Liberdade.
Horário marcado
Para facilitar a entrada do público, o CCBB oferece agendamento virtual das visitas através do site Ingresso Rápido e pelo aplicativo do CCBB (disponível para Android e iOS). Assim, os visitantes poderão planejar o dia e horário do passeio e, principalmente, evitar filar.
Serviço
"O Triunfo da cor. O pós-impressionismo: obras-primas do Musée d'Orsay e do Musée de l'Orangerie"
Quando: 4 de maio a 7 de julho de 2016
Visitação: Quarta-feira a segunda-feira, das 9h às 21h
Onde: CCBB SP(Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo) - Rua Álvares Penteado, 112, centro
Agendamento online: opção de visitação com horário agendado pelo aplicativo "CCBB" (Apple Store e Google Play) e site bb.com.br/cultura, ou na bilheteria do CCBB, mediante disponibilidade
MASP
"Histórias da Infância"
Quando: De 8 de abril a 31 de julho de 2016
Visitação: terça a domingo: das 10h às 18h (bilheteria aberta até as 17h30); quinta-feira: das 10h às 20h (bilheteria até 19h30)
Onde: 1º andar e 1º subsolo - avenida Paulista, 1578, São Paulo
Quanto: R$ 25 (entrada) e R$ 12 (meia-entrada)
Mais informações: (11) 3149-5959 / 
http://masp.art.br/
"Acervo em Transformação"
Quando: A partir de dezembro de 2015, período indefinido
Visitação de terça a domingo: das 10h às 18h (bilheteria aberta até as 17h30); quinta-feira: das 10h às 20h (bilheteria até 19h30)
Onde: 2º andar - avenida Paulista, 1578, São Paulo
Quanto: R$ 25 (entrada) e R$ 12 (meia-entrada)
Mais informações: (11) 3149-5959 / 
http://masp.art.br/




HINO


domingo, 10 de abril de 2016

MÚSICA,


ARTE NA VANGUARDA


EUA: Bruce Springsteen cancela show na Carolina do Norte em protesto a lei anti-LGBT
Redação | São Paulo
Lei estadual determina quais banheiros pessoas trans devem usar; 'algumas coisas são mais importantes do que um show', declarou cantor norte-americano  
O cantor norte-americano Bruce Springsteen anunciou nesta sexta-feira (08/04) o cancelamento de um show que faria no próximo domingo em Greensboro, cidade no Estado da Carolina do Norte (EUA). Springsteen declarou que a medida foi tomada em protesto à lei estadual, aprovada no fim de março, que bane direitos da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Pessoas Trans) e chega a estabelecer quais banheiros pessoas trans devem utilizar.
“Na minha opinião, [a lei] é uma tentativa de pessoas que não suportam o avanço que o nosso país teve de reconhecer os direitos humanos de todos os nossos cidadãos para derrubar esse progresso”, disse o cantor por meio de seu perfil oficial no Facebook.
“Algumas coisas são mais importantes do que um show de rock, e essa luta contra o preconceito e a intolerância, que está acontecendo enquanto escrevo, é uma delas”, afirmou Springsteen, acrescentando que o cancelamento do show é “o meio mais forte” que ele possui para se posicionar contra “aqueles que persistem em nos empurrar para trás em vez de para frente”.
A lei sancionada pelo governador republicano Pat McCrory retira direitos civis da comunidade LGBT. Grandes empresas, como estúdios de Hollywood, ameaçaram nas últimas semanas realizar boicotes ao Estado.
Na última terça-feira (05/04), o serviço de pagamento online PayPal anunciou que não irá mais abrir um escritório em Charlotte, maior cidade da Carolina do Norte, que previa 400 postos de trabalho, por conta da legislação. Segundo Dan Schulman, presidente da empresa, “a nova lei perpetua a discriminação e viola os princípios e valores centrais” da companhia.
Também na terça-feira, o governador do Mississippi, o republicano Phil Bryant, sancionou um projeto de lei que impede que estabelecimentos públicos e privados sejam punidos caso se recusem, usando como argumento crenças religiosas, a atender casais homossexuais. A lei entrará em vigor em julho.




EM TEMPO,

 Charles Chaplin recebe Oscar honorário por trajetória profissional
Max Altman | Redação 
Ator inglês volta aos EUA depois de um hiato de vinte anos, vítima das perseguições do macartismo
Como parte de sua primeira visita aos Estados Unidos em 20 anos, Charles Chaplin, gênio da Sétima Arte, recebe um prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas por sua “incalculável contribuição” à arte do cinema, em 10 de abril de 1972. Chaplin, a mais fulgurante estrela de ator e diretor do cinema mudo, deixara os EUA debaixo de tempestuosa controvérsia em 1952.

Nascido em Londres, em 1889, Chaplin era filho de artistas de “vaudeville” e de teatro mambembe itinerante, tendo subido ao palco ainda muito jovem. Seu pai morre e sua mãe é levada a uma instituição para doentes mentais, deixando-o em terrível orfandade que foi amenizada quando ele juntou-se ao seu meio-irmão numa trupe de vaudeville aos 17 anos. Mack Sennett, o inovador da comédia burlesca nos Estados Unidos, descobriu Chaplin quando estava de visita ao país com sua trupe. Já em 1913, foi contratado para atuar em curtos filmes cômicos para a Companhia Sennett's Keystone.

Em seu Segundo filme, "Kid Auto Races at Venice" (1914), Chaplin já começava a criar o personagem que o tornaria famosíssimo no mundo inteiro – “O Pequeno Vagabundo”.  O vagabundo vestia um chapéu-coco, bigodinho bem cortado, calças bastante folgadas e uma bengala, além de um andar afetado com as pernas arqueadas, os pés bem abertos, calçando sapatos rotos de número muito maior. Era um herói desamparado, destinado a perder as paradas, no entanto amado pelos cinéfilos. Chaplin trabalharia desta maneira em mais de 70 desses filmes.

Na era do cinema mudo, reinava a comédia pastelão e Chaplin era o grande mestre da mímica. Tornou-se uma das personalidades mais reconhecidas dos Estados Unidos, percebendo então os maiores salários do mundo artístico. Pouco depois, assumiu a direção de seus próprios filmes. Com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D.W. Griffith, fundou a United Artists em 1919 de sorte a ter maior controle sobre seus projetos e produção.

Chaplin dirigiu, atuou, escreveu, produziu e compôs músicas para as suas comédias de longa metragem: “O Garoto” (1921), “Em Busca do Ouro” (1925), “Luzes da Cidade” (1931), “Tempos Modernos” (1936) e “O Grande Ditador” (1940). Esses filmes abordavam questões políticas e sociais de então, as quais, olhadas do ponto de vista do Pequeno Vagabundo, mostravam-se um pouco mais acentuadas.
Após o advento do filme sonoro no final dos anos 1920, Chaplin aparecia em intervalos maiores, todavia sua fama não cessou de crescer. Seus filmes ganharam novas audiências no mundo todo, tornaram-se clássicos e o personagem do pequeno vagabundo ganhou novos nomes, como “Charlot” ou “Carlitos”.

Fora das câmeras, a vida privada de Chaplin com frequência chegava às manchetes sensacionalistas da imprensa marrom. Casou-se quarto vezes, três delas com as heroínas de seus filmes. Em 1943 foi acusado por uma mulher de ser o pai de seu filho. Naquele mesmo ano, numa decisão que causou escândalo, casa-se com Oona O'Neill, 18 anos, filha do célebre dramaturgo Eugene O'Neill. Chaplin tinha 54. No entanto, Oona foi sua companheira até os últimos dias.

As visões políticas de Chaplin também eram criticadas pelos setores conservadores de direita assim como sua evasiva em adotar a cidadania norte-americana.

Acusado de defender causas subversivas pelo Comitê de Atividades Anti-americanas, presidido pelo senador Joseph McCarthy, Chaplin deixa os Estados Unidos em 1952. Informado que seu eventual regresso não seria necessariamente bem-vindo, respondeu “Não tenho intenções de voltar nem se o presidente fosse Jesus Cristo”. Passou a viver com sua família em Corsier-sur-Vevey, Suíça, à beira do lago Leman. Chegou a fazer alguns filmes mais, entre os quais se destacou “Luzes da Ribalta”, com a célebre canção Smile.

Em abril de 1972, resolveu aceitar a honraria da Academia de Arte Cinematográfica e viajou para Hollywood, Los Angeles e recebeu pessoalmente a estatueta, debaixo de intermináveis aplausos de uma plateia que o reconhecia. Previamente, já havia ganho um Oscar honorário, em 1929, pelo filme “O Circo” (1928). Morreu em 25 de dezembro de 1977, aos 88 anos.