domingo, 10 de abril de 2016

ARTE NA VANGUARDA


EUA: Bruce Springsteen cancela show na Carolina do Norte em protesto a lei anti-LGBT
Redação | São Paulo
Lei estadual determina quais banheiros pessoas trans devem usar; 'algumas coisas são mais importantes do que um show', declarou cantor norte-americano  
O cantor norte-americano Bruce Springsteen anunciou nesta sexta-feira (08/04) o cancelamento de um show que faria no próximo domingo em Greensboro, cidade no Estado da Carolina do Norte (EUA). Springsteen declarou que a medida foi tomada em protesto à lei estadual, aprovada no fim de março, que bane direitos da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Pessoas Trans) e chega a estabelecer quais banheiros pessoas trans devem utilizar.
“Na minha opinião, [a lei] é uma tentativa de pessoas que não suportam o avanço que o nosso país teve de reconhecer os direitos humanos de todos os nossos cidadãos para derrubar esse progresso”, disse o cantor por meio de seu perfil oficial no Facebook.
“Algumas coisas são mais importantes do que um show de rock, e essa luta contra o preconceito e a intolerância, que está acontecendo enquanto escrevo, é uma delas”, afirmou Springsteen, acrescentando que o cancelamento do show é “o meio mais forte” que ele possui para se posicionar contra “aqueles que persistem em nos empurrar para trás em vez de para frente”.
A lei sancionada pelo governador republicano Pat McCrory retira direitos civis da comunidade LGBT. Grandes empresas, como estúdios de Hollywood, ameaçaram nas últimas semanas realizar boicotes ao Estado.
Na última terça-feira (05/04), o serviço de pagamento online PayPal anunciou que não irá mais abrir um escritório em Charlotte, maior cidade da Carolina do Norte, que previa 400 postos de trabalho, por conta da legislação. Segundo Dan Schulman, presidente da empresa, “a nova lei perpetua a discriminação e viola os princípios e valores centrais” da companhia.
Também na terça-feira, o governador do Mississippi, o republicano Phil Bryant, sancionou um projeto de lei que impede que estabelecimentos públicos e privados sejam punidos caso se recusem, usando como argumento crenças religiosas, a atender casais homossexuais. A lei entrará em vigor em julho.




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