EUA: Bruce Springsteen
cancela show na Carolina do Norte em protesto a lei anti-LGBT
Redação |
São Paulo
Lei estadual determina quais banheiros pessoas
trans devem usar; 'algumas coisas são mais importantes do que um show',
declarou cantor norte-americano
O cantor norte-americano Bruce Springsteen anunciou
nesta sexta-feira (08/04) o cancelamento de um show que faria no próximo
domingo em Greensboro, cidade no Estado da Carolina do Norte (EUA). Springsteen
declarou que a medida foi tomada em protesto à lei estadual, aprovada no fim de
março, que bane direitos da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e
Pessoas Trans) e chega a estabelecer quais banheiros pessoas trans devem
utilizar.
“Na minha opinião, [a lei] é uma tentativa de
pessoas que não suportam o avanço que o nosso país teve de reconhecer os
direitos humanos de todos os nossos cidadãos para derrubar esse progresso”,
disse o cantor por meio de seu perfil oficial no Facebook.
“Algumas coisas são mais importantes do que um show
de rock, e essa luta contra o preconceito e a intolerância, que está
acontecendo enquanto escrevo, é uma delas”, afirmou Springsteen, acrescentando
que o cancelamento do show é “o meio mais forte” que ele possui para se
posicionar contra “aqueles que persistem em nos empurrar para trás em vez de
para frente”.
A lei sancionada pelo governador republicano Pat
McCrory retira direitos civis da comunidade LGBT. Grandes empresas, como
estúdios de Hollywood, ameaçaram nas últimas semanas realizar boicotes ao
Estado.
Na última terça-feira (05/04), o serviço de
pagamento online PayPal anunciou que não irá mais abrir um escritório em
Charlotte, maior cidade da Carolina do Norte, que previa 400 postos de
trabalho, por conta da legislação. Segundo Dan Schulman, presidente da empresa,
“a nova lei perpetua a discriminação e viola os princípios e valores centrais”
da companhia.
Também na terça-feira, o governador do
Mississippi, o republicano Phil Bryant, sancionou um projeto de lei que impede que estabelecimentos públicos e
privados sejam punidos caso se recusem, usando como argumento crenças
religiosas, a atender casais homossexuais. A lei entrará em vigor em julho.
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