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Publicado por: Assessoria de Comunicação Fotec | abril 26, 2014
Projeto “A doce arte de soprar” apresenta a flauta doce a jovens de escola pública, Em São José de Mipibu
O projeto do professor de educação artística, Rossine Holanda de Almeida, promoveu aos jovens do ensino médio, da Escola Estadual Professor Francisco Barbosa, o contato com o instrumento de sopro.
Por Marielle Lopes
A Escola Estadual Professor Francisco Barbosa, localizada no centro de São José de Mipibu, região metropolitana de Natal, contou, durante os anos de 2012 e 2013, com o programa “Ensino Médio Inovador”. Para o programa, os professores desenvolveram projetos de integração entre os jovens secundaristas, de acordo com as disciplinas ministradas. Um dos projetos concebidos pelo programa foi “A doce arte de soprar”, idealizado pelo professor de educação artística Rossine Holanda de Almeida. “A intenção era a de demonstrar aos jovens que as manifestações de arte acontecem também a partir da música, com instrumentos que não são tão populares, mas que já eram conhecidos pelos índios”, explica.
Para a escolha do instrumento, houve uma série de questões, desde a viabilidade financeira por parte da arrecadação de verdade, até os benefícios proporcionalmente individuais para cada participante. “O ensino médio é o momento de canalizar as habilidades cognitivas dos jovens que pretendem uma profissão. O ensino da flauta doce proporciona benefícios como disciplina, socialização, desenvolvimento da memória, capacidade de concentração, além de trabalhar a respiração e a articulação das mãos”, informa o professor. “Todas essas habilidades indicam ganhos intelectuais e sociais inestimáveis”, completa.
Para a concepção do projeto, foram compradas com verbas estaduais, voltadas para o programa, 30 flautas Yamaha. Adailton Silva, que possui carteira de músico, foi o responsável por ministrar as aulas de iniciação à teoria musical, desde o conceito até a leitura de notas e partituras. Com uma turma inicial de 15 alunos, o maestro do projeto apresentou músicas nordestinas, como Asa Branca, e até mesmo os clássicos de cantores com Tim Maia.
Os alunos participantes demonstraram receptividade aos momentos dedicados à aula. O musicista Adailton afirma que “é raro estimular jovens adolescentes a gostarem de instrumentos de sopro, por não estarem diretamente associados à realização de atividade voltada para o lazer”. Uma das alunas engajadas no projeto, Aleidita Rauíres, revelou ter descoberto na atividade um ótimo aliado para a rotina de estudos: “ter conseguido aprender a ler partituras me fez adquirir curiosidade sobre a parte teórica da música, mostrando que os instrumentos de sopro podem ser tão divertidos e instigantes quanto o violão, por exemplo. Durante a semana, estudávamos e aos sábados o aprendizado era descontraído”.
Isso porque as aulas de flauta foram encaixadas aos sábados, no turno vespertino, com duração de quatro horas. Possibilitando ao aluno a oportunidade de enxergar no espaço escolar a prática educativa associada a uma iniciativa de lazer.
Apesar de tantos benefícios, a hipótese de extinguir o projeto foi levantada pela diretora da escola. A turma, já com 10 alunos, resiste à possibilidade. A ideia é de que as novas turmas possam aderir ao projeto e mantê-lo vivo, apresentando características tão importantes da composição artística e musical que os alunos podem conhecer. O professor Rossine, que tinha o desejo de fazer menção à influência da cultura indígena, unindo-a a interação dos jovens, concretizou satisfatoriamente sua vontade: “Uma faísca pode provocar uma explosão de curiosidade e desafios. Despertamos essa curiosidade nos estudantes e tivemos boa correspondência. Isso já nos basta!”, finaliza.
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