"Dissolve a PM agora, sua negra
vagabunda"
A candidata do PCO ao governo de
Minas Gerais, Cleide Donária, foi agredida de maneira covarde por levantar a
bandeira da extinção da Polícia Militar
No dia 15 de setembro, a candidata ao
governo de Minas Gerais pelo PCO, Cleide Donária, a única candidata mulher,
trabalhadora e negra, foi agredida de maneira covarde quando se dirigia à UPA
(Unidade de Pronto Atendimento) de Venda Nova, como parte das atividades da
campanha eleitoral. Quando ela transitava pelo canteiro central da Avenida
Vilarinho, Cleide foi abordada por um elemento de aproximadamente 30 anos,
vestido à paisana, que atravessou a rua e se dirigiu diretamente a encontra-la.
Sem mais, ele aplicou um forte soco na altura do estômago da Cleide e a
derrubou no chão, enquanto gritava com raiva e cuspia em cima da candidata que
acabou ficando paralisada pela dor e a surpresa da agressão. O agressor, que
saiu das proximidades de uma casa de shows, fez questão de mostrar que portava
uma arma enquanto gritava “Cadê o seu partidinho de merda para dissolver a PM?”
“Dissolve a PM agora sua prostituta” “Sua negra vagabunda”.
Depois de ter batido e cuspido na
Cleide várias vezes, o agressor acabou se afastando.
O acontecimento não faz parte de uma
mera casualidade, de um ataque isolado de um desequilibrado, mas revela os
crescentes ataques contra a liberdade de expressão no Brasil, assim como
acontece com os demais direitos democráticos.
Por que o fim da Polícia Militar?
A defesa das chamadas “políticas de
segurança”, defendida pela direita e pela quase totalidade da “esquerda”
nacional não é outra coisa senão o fortalecimento do braço armado do Estado
capitalista e, consequentemente, da burguesia. Medidas como o aumento do
efetivo policial e o aparelhamento das polícias militares necessariamente se
voltam contra a população. A única maneira de garantir uma verdadeira segurança
para a classe operária só pode acorrer com a dissolução da PM e a constituição
de milícias populares para proteger os trabalhadores dos ataques do braço
armado do Estado.
Até a própria ONU (Nações Unidas),
que é um órgão controlado pelo imperialismo, tem se posicionado pelo fim da
Polícia Militar, tal o escandaloso grau de violência e o alto índice de mortes
causadas pelas PMs brasileiras. E o problema não reside na insuficiência do
treinamento dos policiais, uma vez que o problema se encontra na estrutura da
instituição e não na conduta individual de determinados membros da corporação.
Isto fica ainda mais claro quando observamos a atuação da PM na história e na
forma de agir que sempre segue a mesma tendência truculenta.
A morte de diversos jovens nas
favelas e nos bairros da periferia, principalmente em São Paulo, no Rio de Janeiro
e em Belo Horizonte, fez com que esta se tornasse também uma das principais
bandeiras dos movimentos sociais. No campo, o assassinato de camponeses
diretamente pela polícia, ou por jagunços a serviços dos latifundiários,
acobertados pela polícia, são rotineiros. O movimento estudantil também tem
entrado em confronto em reiteradas ocasiões, com a polícia devido à presença da
polícia em várias universidades.
Pelas bandeiras de luta da classe
operária
Pelo fim das ocupações das
comunidades operárias do Rio de Janeiro e de todo o País (UPP’s) pela PM e
tropas federais, realizadas para defender os interesses dos especuladores
imobiliários e outros tubarões capitalistas e para intensificar o terror contra
a população pobre.
Acabar com a máquina de guerra e
terror contra a população pobre e negra que é a Polícia Militar.
Pela dissolução da PM e de todo o
aparato repressivo.
Abaixo a ditadura civil, pelos
direitos democráticos dos trabalhadores e da população oprimida. Pelo direito
irrestrito de greve; pela plena liberdade de organização sindical; pelo fim da
censura, liberdade de expressão; pela liberdade para todos os presos políticos,
fim dos julgamentos fraudulentos; pela punição para os assassinos dos
trabalhadores.
Pelo direito da população a se armar.
Substituição da polícia e do exército permanente e controlado pelo Estado por
um sistema de milícias populares.
Contra a constituição golpista, por
uma assembleia Nacional Constituinte, livre e soberana, onde as organizações
sociais estejam representadas.
Por um partido operário,
revolucionário e de massas (do qual o PCO é O MAIS IMPORTANTE NÚCLEO E O ÚNICO
PARTIDO QUE DEFENDE DE MANEIRA CONSCIENTE ESSA PERSPECTIVA, que impulsiona esta
política de forma consciente e organizada) que organize a vanguarda da classe
operária e dos seus aliados e impulsione a mobilização dos explorados em
direção à derrubada da ditadura capitalista e a sua substituição por um governo
dos trabalhadores da cidade e do campo e pela conquista do socialismo em escala
internacional.
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