domingo, 25 de agosto de 2013

CULTURA?

sexta-feira, 23 de agosto de 2013 - 11h34 Atualizado em sexta-feira, 23 de agosto de 2013 - 12h14 Boechat: Marta Suplicy é uma peruaça Ministra, responsável pela pasta da Cultura, aprovou incentivo de R$ 2,8 milhões para desfile de estilista brasileiro em Paris O âncora da BandNews FM Ricardo Boechat considera a ministra da Cultura, Marta Suplicy, uma "peruaça" por ter liberado verba de R$ 2,8 milhões para a realização de desfiles do estilista Pedro Lourenço em março e outubro do ano que vem em Paris. O benefício havia sido rejeitado pelo Conselho Nacional de Incentivo à Cultura, mas a ministra decidiu autorizá-lo por entender que se trata de uma vitrine para a indústria têxtil nacional. “Quando eles votam contra alguma coisa que é considerada fora do eixo, estranho, chega a mim. Eu não tive nenhuma dúvida. Eu falo: ‘Mas que pena, eles não conseguiram entender que é uma coisa muito maior’”, disse Marta em entrevista exclusiva à BandNews FM. Para o âncora, a ministra perdeu a compostura com a decisão. “Eu não consigo entender como que a senhora tem a desfaçatez, o cinismo de dizer o que acabou de dizer. A senhora pegar dinheiro público para botar em um desfile de moda em Paris, ministra. Ministra, a senhora é uma perua. Mas perua com todo aquele clichê que as peruas carregam e têm, merecidamente. A sua atitude é típica de uma peruaça da elite de São Paulo”, comenta o âncora. “Eu não sei onde a senhora está com a cabeça. Talvez seja champanhe demais, restaurante chique demais”. Boechat pede mais responsabilidade de Marta quando mexer com verba pública. “Então, o seguinte ministra: tenha, pelo menos, um pouco de compostura quando lidar com o dinheiro dos outros. O seu a senhora torre do jeito que quiser. A senhora sempre foi uma mulher bem sucedida de uma família rica. Mas é o seguinte: o dos outros, ministra? O dos outros... a senhora se dê ao respeito, por favor”. O âncora ainda questiona a posição de Marta em analisar uma decisão dos conselheiros. “Se um conselho, que existe para isso, disse que não era para gastar dinheiro público, com que autoridade moral a senhora faz um troço desses? R$ 2,8 milhões para um desfile de moda em Paris! A senhora foi lá e disse: ‘Não, o conselho errou porque não captou’. Vai captar lá longe!”, diz Boechat. O ministério da Cultura também aprovou incentivo fiscal de R$ 2,5 milhões ao estilista Alexandre Herchcovitch para desfiles em São Paulo e Nova York, e de R$ 2 milhões para o mineiro Ronaldo Fraga mostrar as peças dele na São Paulo Fashion Week. O benefício destinado a estilistas consagrados também seria outro ponto a ser observado, na opinião do âncora. “Que coisa... Se você dissesse ‘um coletivo de criadores de moda’, são cooperativas de costureiras, é uma moda regional... Tudo bem. Eu não estou entendendo. Tem alguma coisa ficando doida porque é o seguinte: tendo sucesso, vão vender roupas populares? Vai comprar um vestido do Herchcovitch aqui na esquina! Vai comprar! Negócio de desfile em Paris, ministra! Dinheiro público! Nunca vi isso. Vou te contar uma coisa: os caras piraram. E mais: vou falar diretamente agora para os estilistas, numa boa. Vocês deram uma de João Sem Braço. Pedir dinheiro público para as paradas de vocês, me desculpem. Vocês deviam ter vergonha na cara”, conclui Boechat. Anúncios Google
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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

VIVA O FOLCLORE BRASILEIRO

22/08/2013 - 15h00 Saiba por que hoje é comemorado o Dia do Folclore DE SÃO PAULO folha Hoje é comemorado o Dia do Folclore. Mas você sabe por que essa data é festejada no dia 22 de agosto? A "Folhinha" de 19 de agosto de 1979 respondeu a essa pergunta. Leia abaixo a íntegra do texto e veja imagens de criaturas pouco conhecidas da nossa cultura popular. * Folclore é o conjunto de tradições, conhecimentos, canções, costumes e crenças populares expressos em provérbios, contos, canções, costumes, lendas e tradições de um povo. Desde 1965, um decreto de lei criou o Dia do Folclore, considerando "a importância crescente dos estudos e das pesquisas do folclore em seus aspectos antropológico, social e artístico." O Dia do Folclore é festejado a 22 de agosto porque foi nessa data, em 1846, que o inglês William John Thoms lançou a palavra "folclore", composta por duas expressões: "folk" --do inglês, significando "povo", e "lore", significando "estudo" ou "aquilo que faz o folk". No Brasil, as influências dos povos formadores da nossa raça muito atuaram no desenvolvimento e manutenção das manifestações folclóricas do nosso povo. Assim, há a influência do índio, do branco e do negro. Do índio, predominam os traços do grupo tupi-guarani, que, à época do descobrimento, dominava a maior parte de nossas costas marítimas. O folclore dos negros veio com os escravos africanos, com a predominância da influência das regiões da Guiné e Sudão. O folclore branco europeu veio com o português, senhor da terra por muito tempo. Nas lendas, o Saci faz várias travessuras Importador do negro e dominador do índio, o português estabeleceu forte mestiçagem, que repetia as influências das raças das quais provieram. Os fatos folclóricos são geralmente classificados em seis grupos: 1) Folclore poético: cancioneiro, romanceiro, adivinhas; 2) Folclore narrativo: lendas, contos, casos; 3) Folclore mágico: magia, propriamente dita, religião; 4) Folclore social: música, danças, festas, trajes, família; 5) Folclore linguístico: expressões orais características; e 6) Folclore ergológico: cerâmica, alimentação, cestaria, ourivesaria, tecido etc.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Justiça X Vitória

21/08/2013 Greve 2013 FONTE: SINDICATO DOS PROFESSORES DO RN - BRASIL Justiça nega pedido de ilegalidade da greve na Educação O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, negou de ilegalidade e abusividade da greve da educação. O desembargador Saraiva Sobrinho negou também o pedido de multa diária em caso de descumprimento da decisão. A decisão foi confirmada hoje (21) pelo TJRN. O magistrado entendeu que as alegações feitas pelo Estado não eram inequívocas, não atendendo portando aos requisitos para concessão da liminar. Entendeu ainda que “não se constata, a priori, falta de razoabilidade nas demais reivindicações, pois aparentemente se apresentam como anseios voltados à própria melhoria do ensino, com postura eminentemente social”. Ao analisar os autos, o desembargador Saraiva Sobrinho ressalta que o direito de greve é garantido pela Constituição Federal e que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal entende que sua aplicabilidade deve ser estendida à Administração Pública. Ele destaca como fato público e notório o descumprimento por parte do Estado, da determinação judicial lançada no Agravo de Instrumento nº 2013.001282-3, com relatoria do desembargador Claudio Santos, no sentido de: "... determinar que o Estado do Rio Grandedo Norte remunere os professores por mais 04 (quatro) horas de trabalho, tendo como base o valor da hora normal, como já explicitado, até que se efetive o direito à carga horária de 30 (trinta) horas, sendo 20 (vinte) horas em sala de aula e 10 (dez) horas para atividades extraclasse, como previsto na lei de regência ...". Para o desembargador Saraiva Sobrinho, parece inconteste “a inércia do Executivo no concernente à perfectibilização de diversos mandamentos legais favoráveis à aludida categoria, notadamente a LCE 465/12 (reajusta os vencimentos básicos dos cargos públicos de provimento efetivo de Professor e de Especialista de Educação)”. Com informações do TJRN.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

ARTE NA SALA DE AULA

Alunos da Escola Estadual Professor Francisco Barbosa, São José de Mipibu - RN Brasil, criam artes a partir de um entendimento musical no nosso país.

sábado, 10 de agosto de 2013

MONA LISA?

• Mundo: Arqueólogos encontram tumba que pode ser de Mona Lisa MUNDO: ARQUEÓLOGOS ENCONTRAM TUMBA QUE PODE SER DE MONA LISA Sábado, 10 de agosto de 2013 - 15h52 Band News Pesquisadores encontraram no norte da Itália uma tumba que pode ser de Mona Lisa. Arqueólogos localizaram, na cidade de Florença, um sepulcro que pode ser de Lisa Gherardini, mulher que supostamente serviu de modelo para a obra-prima de Leonardo da Vinci. O corpo está no subsolo de uma igreja. Os cientistas fizeram um buraco no piso do templo para a retirada dos restos mortais. A identidade da mulher será confirmada por um exame de DNA. Amostras serão comparadas com o código genético de um filho dela, cujo corpo foi localizado recentemente. Os historiadores estão confiantes. Há indícios de que a tumba pertença à família Giocondo, de importantes mercadores da Toscana no início do século 16. Se as hipóteses forem confirmadas, a comissão do Patrimônio Histórico Italiano pretende fazer a reconstrução facial do crânio encontrado este fim de semana. O objetivo dos arqueólogos é saber o quanto a figura de Mona Lisa, exposto no museu do Louvre, é idêntica à modelo.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

EDUCAÇÃO

O PROJETO "A DOCE ARTE DE SOPRAR" NA ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR FRANCISCO BARBOSA, VAI TOMANDO CORPO E CRESCENDO NO TOCANTE DAS AULAS DO PROFESSOR ADAILTON, COORDENAÇÃO DO PROFESSOR ROSSINE HOLANDA E NA SUPERVISÃO DA PROFESSORA ANDREIA E DIREÇÃO DA PROFESSORA GORETI. E ASSIM SENDO, ESTAMOS FAZENDO A EDUCAÇÃO DE SÃO DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU- RN, BRASIL. COM ISSO, ESPERA-SE UM FUTURO MELHOR PARA OS NOSSOS JOVENS QUE URRA, GRITA POR ALGO QUE LHE PREENCHA DE ATIVIDADE INTELECTUAL E ATIVIDADE PRÁTICA NO MUNDO DAS ARTES. VALE LEMBRAR QUE AS AULAS DE FLAUTA DOCE ESTÃO SENDO REALIZADA NA SALA DE INFORMÁTICA.

domingo, 4 de agosto de 2013

E A HISTÓRIA CONTINUA COMPANHEIROS...

04/08/2013 06h00 - Atualizado em 04/08/2013 06h00 Estudo diz que 'Adão e Eva genéticos' viveram em épocas próximas Cientistas rastrearam antepassados comuns aos homens e às mulheres. Conclusão é de que eles viveram entre 99 mil e 156 mil anos atrás. Do G1, em São Paulo Ancestrais genéticos comuns do homem e das mulheres têm apelido bíblico Os ancestrais comuns mais recentes a todos os homens e todas as mulheres modernos viveram quase na mesma época, segundoum novo estudo feito pela Universidade Stanford, nos EUA. Os chamados "Eva mitocondrial" e "Adão cromossomial-Y", dos quais alguns genes podem ser encontrados em toda a humanidade atual, não são as figuras descritas na Bíblia e nem chegaram a se conhecer. Apesar disso, novas pesquisas indicam que essa mulher viveu entre 99 mil e 148 mil anos atrás, enquanto o precursor do homem habitou a Terra entre 120 mil e 156 mil anos atrás. Os resultados foram publicados na edição de sexta-feira (2) da revista "Science". Segundo o autor sênior Carlos Bustamante, professor de genética em Stanford, trabalhos anteriores indicavam que esse antepassado do homem havia vivido bem antes da mulher, entre 50 mil e 115 mil anos atrás, o que agora foi revisto. De acordo com a ciência, esse homem e essa mulher não foram um casal, mas tiveram a sorte de passar com sucesso, através dos milênios, partes específicas de seus DNAs, como o cromossomo Y (que determina o sexo masculino, passado de pai para filho) e o genoma mitocondrial (presente nas mitocôndrias, as usinas de energia das células, e transmitido de mãe para filho ou filha). Isso significa que outros ancestrais humanos não tiveram essa sorte, e seus genes acabaram desaparecendo por causa da seleção natural e de um processo aleatório conhecido como deriva genética, que provoca mudanças no DNA de populações ao longo do tempo. Na opinião do principal autor do estudo, David Poznik, muitos antepassados podem ter morrido por um evento ainda não identificado. "É possível que haja elementos na história demográfica humana que predispuseram essas linhagens a fundir-se em determinados momentos", explica. 69 homens analisados Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores compararam sequências do cromossomo Y entre 69 homens de nove regiões do planeta, como Namíbia, República Democrática do Congo, Gabão, Argélia, Paquistão, Camboja, Sibéria e México. Novas tecnologias de sequenciamento genético permitiram que os cientistas identificassem cerca de 11 mil diferenças entre as sequências estudadas. A partir daí, foi possível construir uma "árvore genealógica" mais completa para o cromossomo Y. Os resultados obtidos apontaram uma taxa anual de mutação do cromossomo Y, após serem ajustados com um evento bem conhecido pela ciência: a ocupação humana das Américas, há 15 mil anos. Isso porque mutações genéticas compartilhadas atualmente por todos os nativos americanos provavelmente existiam desde antes do povoamento das Américas. Paralelamente, eles fizeram uma análise parecida com o DNA mitocondrial, e viram que as duas árvores coincidiam em sua origem. Segundo os autores, a nova árvore do cromossomo Y também esclareceu algumas relações populacionais, até então desconhecidas, que ocorreram quando os seres humanos migraram para fora da África, Europa e Ásia. Além disso, a árvore é um exemplo da profundidade da diversidade genética presente entre os africanos modernos, destaca a pesquisa. PUBLICIDADE

sábado, 3 de agosto de 2013

HOMENAGEM: CORES DE VAN GOGH

As surpreendentes cores deste magnifico pintor, um artista sem igual, ímpar para os olhos humanos e seres humanos.

CORES DE VAN GOGH

01/05/2013 - 11h27 Exposição traz revelações sobre o uso de cores de Van Gogh NINA SIEGAL DO "NEW YORK TIMES", EM AMSTERDÃ Com sua cama cor de mel comprimida num canto de um quarto aconchegante de paredes azuis, a tela de 1888 "O Quarto em Arles", de Vincent van Gogh, é reconhecida de imediato por aficionados da arte, sendo marcada pelas tonalidades contrastantes que eram a marca registrada do artista. Mas será que nossa percepção do quadro muda quando ficamos sabendo que Van Gogh pintou as paredes originalmente de violeta, não de azul, ou que ele não foi tanto um pintor que lutava contra seus demônios interiores quanto um artista reflexivo, que traçava metas e buscava alcançá-las? Essas dúvidas são levantadas por uma análise nova, que levou oito anos para ser feita, de centenas das telas de Van Gogh e de sua paleta, seus pigmentos, sua correspondência e seus cadernos. A análise foi feita por cientistas da empresa petrolífera Shell, em colaboração com a Agência Holandesa de Patrimônio Cultural e os curadores do recém-renovado Museu Van Gogh, de Amsterdã, que possui o maior acervo mundial de obras do pós-impressionista holandês. De acordo com o diretor do Museu Van Gogh, Axel Rueger, a pesquisa não resultou em "novos insights espantosos" que levassem a história da vida de Van Gogh a ser reescrita, mas ela pode modificar a compreensão que se tem do temperamento e da personalidade do pintor. Os resultados do estudo serão revelados na exposição "Van Gogh at Work" (Van Gogh trabalhando), que será inaugurada na quarta-feira e incluirá 200 pinturas e desenhos. Cento e cinquenta das obras são de Van Gogh, e as restantes de artistas contemporâneos dele, incluindo Paul Gauguin e Emile Bernard. Quadro "The Bedroom", de Van Gogh "Descobrimos de modo mais claro que Van Gogh foi um artista muito metódico, algo que contraria o mito generalizado de que ele teria sido um homem maníaco, talvez levemente demente, que simplesmente jogava tinta sobre a tela de maneira espontânea", comentou Rueger. "Na realidade, ele conhecia muito bem as propriedades dos materiais que utilizava, sabia como usá-los e criava composições muito pensadas. Nesse sentido, o estudo traz insights importantes que nos abrem uma visão melhor de Van Gogh. Ele foi um artista muito voltado à realização de metas." Usando microscópio de elétrons e a técnica da espectrometria de fluorescência de raios-x, que revela os componentes de pigmentos sem tirar amostras invasivas, os pesquisadores descobriram que, desde muito cedo em sua vida artística, Van Gogh usou molduras de perspectiva para se orientar e desenhou sobre a tela para obter a representação correta de proporções e da profundidade de campo em suas paisagens. Mais tarde, à medida que foi ganhando habilidade, ele abriu mão desses recursos. Como muitos artistas, Van Gogh retrabalhou determinadas telas muitas vezes, para aperfeiçoar o efeito que desejava. Para Nienke Bakker, curadora da exposição, o insight mais importante proporcionado pelo estudo é sobre a paleta de Van Gogh. "Hoje sabemos muito mais sobre os pigmentos usados por Van Gogh e como podem ter mudado de cor com o passar do tempo", comentou a curadora. "Isso é crucial para nosso entendimento das obras dele e para definirmos o melhor tratamento a dar às obras. As cores ainda são muito vibrantes, mas devem ter sido muito mais fortes ainda [quando ele as pintou], especialmente os vermelhos. Alguns dos vermelhos eram muito mais fortes ou desapareceram por completo desde que Van Gogh os pintou." Ralph Haswell, cientista principal da Shell Global Solutions (que colocou seus laboratórios e pesquisadores à disposição do museu), disse que na virada do século 20, artistas estavam apenas começando a comprar pigmentos prontos, em vez de misturá-los eles mesmos em seus ateliês. "Uma das desvantagens de viverem num ambiente em transformação, onde os pigmentos ainda eram muito novos, era que as pessoas nem sempre sabiam o que aconteceria com os pigmentos", ele comentou. "A indústria química estava crescendo tremendamente na época e lançando cores de todos os tipos, mas ninguém sabia por quanto tempo essas cores se conservariam estáveis." Foi o caso do violeta usado por Van Gogh para pintar as paredes de seu quarto em Arles. Como o vermelho da tinta violeta se desvaneceu em pouco tempo, provavelmente enquanto Van Gogh ainda estava vivo, o que restou foi apenas o azul com que o vermelho deve ter sido misturado. Tela "Noite Estrelada", obra do pintor holandês Vincent Van Gogh Para Bakker, é possível que Van Gogh não tenha se importado com isso, já que o pintor em grande medida autodidata não enxergava nenhum de seus trabalhos como uma obra acabada. Ele via cada trabalho como um estudo que o ajudava a definir seu estilo. "Ele queria expressar sua maneira individual de enxergar o mundo, e cada obra de arte que criava o levava para mais perto dessa meta", explicou a curadora. "Mas ele nunca estava satisfeito." O tom original das paredes do quarto produz uma imagem mais calma, disse Marije Vellekoop, diretora de coleções, pesquisas e apresentações do Museu Van Gogh. O roxo e o amarelo "não eram vistos como cores que formam um contraste forte, como as pensamos hoje", ela explicou. "Havia algo que Van Gogh queria exprimir naquele quadro: tranquilidade e um ambiente de descanso." Vellekoop disse que a teoria das cores vê o roxo e o amarelo como contrastes complementares. "Teoricamente, essas cores se reforçam. Para mim, as paredes roxas do quarto suavizam a imagem. Isso confirma que Van Gogh se pautou pela teoria tradicional das cores, usando roxo e amarelo, e não azul e amarelo." O desaparecimento dos tons de vermelho teve consequências diferentes em outras telas. Por exemplo, em imagens de árvores frutíferas em flor, algumas flores hoje brancas foram originalmente cor-de-rosa, mas o vermelho desapareceu. Para Vellekoop, esse fato pode levar a mudanças na identificação das espécies de árvores retratadas pelo artista. De certa maneira, o uso de cores complementares enquadra Van Gogh nas tradições de seu tempo. Embora ele fosse radical no uso que fazia de cores fortes, disse a curadora, "ele seguia a teoria tradicional das cores, que já estava escrita na primeira metade do século 19". Ainda segundo Vellekoop, "muitos dos artistas amigos de Van Gogh liam aqueles livros" mas não fizeram uso tão ousado dos pigmentos. Van Gogh fez experimentos com técnicas de aplicação de cores diferentes das técnicas empregadas por seus contemporâneos, incluindo Henri de Toulouse-Lautrec, que diluía suas tintas e usava cores planas. Divulgação/Van Gogh Museum Amsterdam