A eterna atenção é em virtude que o prefeito de nossa cidade tem maioria na câmara
Professores de Juazeiro do
Norte terão salários reduzidos em até 40%
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Aliny Gama
Do UOL, em Maceió
08/06/201321h02
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Os professores da rede municipal de Juazeiro do Norte (a 548 km de
Fortaleza), no Ceará, terão seus salários reduzidos em até 40%, aumento na
carga horária, além de outras mudanças regidas no PCCR (Plano de Cargos,
Carreira e Remuneração), aprovado pela Câmara de Vereadores, apesar dos
protestos na última quinta-feira (6).
A aprovação causou desespero e
revolta nos professores que recebem o piso nacional de docentes
estabelecido pelo MEC, no valor de R$ 1.567, além de gratificações, que
totalizam o valor de R$ 2.193.
De acordo com o SSM (Sindicato dos Servidores Municipais), 2.000
professores devem ter os salários reduzidos em até R$ 650.
Devido à aprovação da reformulação do PCCR, o sindicato disse que todos
os professores estão em greve por tempo indeterminado. De acordo com a
presidente do sindicato, Mazé dos Santos, a greve não foi deflagrada ainda
devido aos trâmites legais.
"Vamos respeitar o prazo de 72
horas para entrar em greve. O que não podemos é ficarmos calados. Vamos
continuar os protestos", disse Santos em entrevista ao UOL.
Ao final da votação dos vereadores, que foi de 12 votos a favor e quatro
votos contra, os professores pegaram ovos para jogar nos políticos. Durante o
tumulto, a PM (Polícia Militar) e guardas municipais usaram spray de pimenta
para dispersar os manifestantes.
Os vereadores a favor dos professores e que votaram contra o projeto
foram Cláudio Luz (PT), Glédson Bezerra (PTB), Rita Monteiro (PT do B) e Tarso
Magno (PR). Eles informaram que vão debater a possibilidade de pedir anulação
da sessão extraordinária.
A sessão foi tumultuada e até os vereadores discutiram com a mesa
diretora. Luz discutiu com o presidente da Câmara de Vereadores, Antônio de
Lunga (PSC).
Durante a votação os professores chegaram a mostrar pacotes de dinheiro
e jogar no plenário notas para que os vereadores pegassem "porque eles são
comprados", diziam em coro.
A sessão esquentou depois que três professores conseguiram invadir o
plenário e foram retirados pela polícia. Os manifestantes gritavam palavras
para agredir os vereadores, chamando-os de "ladrões",
"bandidos", "quadrilha" e "vendidos".
A prefeitura de Juazeiro do Norte disse que o corte no salário dos
professores foi necessário para se enquadrar na LRF (Lei de Responsabilidade
Fiscal) e reforçou que os valores pagos aos professores não fechava a folha de
pagamento. O projeto foi enviado pelo prefeito Raimundo Macedo (PMDB).